8 ano - prova de português - gênero mito
O mito de Pandora
Em tempos muito, muito longínquos, não existiam mulheres no mundo, apenas homens, que viviam sem envelhecer, sem sofrimento, sem cansaço. Quando chegava a hora de morrerem, faziam-no em paz, como se simplesmente adormecessem.
Mas um dia, Prometeu (cujo nome significa ‘o que pensa antecipadamente’, isto é, Previdente) roubou o fogo a que só os deuses tinham acesso e deu-o aos homens, para que também eles pudessem usufruir desse bem, na defesa contra os animais ferozes, na confecção dos alimentos, na garantia de aquecimento nas noites frias.
Ora, o rei dos deuses não podia deixar passar em branco a afronta de Prometeu e concebeu um castigo terrível para a humanidade.
Mandou então que, com a ajuda de Atena, Hefesto, o deus ferreiro, criasse a primeira mulher, Pandora, que significa (‘todos os dons’), e cada um dos deuses dotou-a com uma das suas características: Afrodite deu-lhe beleza e poder da sedução; Atena fê-la arguta e concedeu-lhe a habilidade dos lavores femininos; mas Hermes deu-lhe a capacidade de mentir e de enganar os outros.
Zeus ofereceu-a então de presente a Epimeteu, que era irmão de Prometeu. O seu nome significava exatamente o contrário do do irmão, pois Epimeteu quer dizer ‘o que pensa depois’, isto é, Irrefletido. E, de facto, sem pensar duas vezes e contrariando a advertência do irmão, que lhe dissera que nunca aceitasse nenhum presente vindo de Zeus, ele deixou-se seduzir pela bela Pandora e casou-se com ela.
Pandora trazia consigo um presente dado pelo pai dos deuses: uma jarra (a’ caixa de Pandora’), bem fechada, que estava proibida de abrir. Mas, roída pela curiosidade, um dia decidiu levantar só um bocadinho da tampa, para ver o que lá se escondia. De imediato dela se escaparam todos os males que até aí os homens não conheciam: a doença, a guerra, a velhice, a mentira, os roubos, o ódio, o ciúme… Assustada com o que fizera, Pandora fechou a jarra tão depressa quanto pôde, colocando-lhe de novo a tampa. Mas era demasiado tarde: todos os males haviam invadido o mundo para castigar os homens. Lá muito no fundo da jarra, restara apenas uma pequena e tímida coisa, que ocupava muito pouco espaço, a esperança. Por isso se diz que ‘a esperança é a última a morrer’. De facto, com todos os males soltos no mundo, lutando e quantas vezes vencendo os bens de que os homens gozavam, só a esperança, bem guardada no mais fundo dos nossos corações, nos dá ânimo para nunca desistirmos de expulsar as coisas más das nossas vidas.
Questão 1.
O que será que os homens fizeram para Zeus castigá-los assim?
Questão 2.
Há alguma história parecida com essa?
Questão 3.
O texto mostra uma imagem positiva ou negativa da figura feminina?
Questão 4.
Que expressões do texto podem justificar a sua resposta?
Questão 5.
Como você imagina a aparência de cada um desses males libertados por Pandora?
Questão 5.
E se fosse Pandora quem contasse essa história?
Questão 6.
Como ela contaria sua versão?
Questão 7.
O que levou Pandora a abrir a caixa?
Questão 8.
Quais foram as consequências da abertura da caixa por Pandora?
Questão 9.
Os mitos percorreram tempos e espaços chegando até nós por diversos meios, como séries, filmes, livros, teatro entre outros.
a)Cite um personagem atual baseado nos deuses mitológicos. Justifique sua resposta.
Questão 10.
Se Pandora não tivesse aberto a caixa, como você acha que seria o mundo atual?
Questão 11.
Quando Pandora abriu a caixa, vários males saíram e o mundo mudou. Dentre estes males, qual você devolveria para dentro da caixa? Justifique sua resposta.
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