7 ano - língua portuguesa - gênero teatro - redação

Caro (a) estudante, você estudou sobre o texto dramático (teatral), suas características e estrutura. Agora você vai colocar em prática o que aprendeu sobre o texto teatral.

BREVE APRESENTAÇÃO
Para produzir um texto, é necessário primeiro fazer um planejamento. O roteiro a seguir vai ajudá-lo a compor o texto teatral. Transforme o cenário descrito no conto em uma rubrica. Indique os movimentos iniciais do personagem em cena. Imagine o diálogo da narradora com o dono da loja. 
  • Como as falas vão revelar o que aconteceu? 
  • Quais serão as reações do dono da loja?
Defina a linguagem da visitante da loja. 
  • Terá um comportamento formal ou informal? 
  • Trará alguma marca de regionalismo? 
  • Usará gírias? 
  • E o dono da loja, como será? 
  • Sua peça será formada por uma única cena. Imagine o final dela. Quem sairá? 
  • Que motivo levará ao encerramento do diálogo? 
  • Qual será a última ação?
Procure incluir rubricas que mostrem a entonação de algumas falas e os gestos que as acompanham.  Considere os sentimentos que estão envolvidos no diálogo dos personagens. 
  • Terá um comportamento formal ou informal? 
  • Trará alguma marca de regionalismo? 
  • Usará gírias? 
  • E o dono da loja, como será?
Sua peça será formada por uma única cena. Imagine o final dela. 
  • Quem sairá?
  • Que motivo levará ao encerramento do diálogo? 
  • Qual será a última ação?
Procure incluir rubricas que mostrem a entonação de algumas falas e os gestos que as acompanham. Considere os sentimentos que estão envolvidos no diálogo dos personagens.

Releia o texto para verificar se a linguagem empregada mantém-se igual em todas as falas do personagem.

Agora é hora de produzir
Leia o conto abaixo, imagine a situação vivida pela narradora e transforme-o em um texto dramático que se iniciaria com o retorno do dono da loja. Lembre-se de que, no texto teatral, a história não é narrada; ela é apresentada ao leitor através de falas e ações. Volte sempre no roteiro apresentado acima.

A casa das bonecas
Tive uma sensação imediata de desconforto ao entrar na loja. Por toda parte, sobre balcões e prateleiras, havia dezenas de bonecas, seus pequenos corpos inertes amontoados.

O dono da loja não estava à vista e eu, que desde pequena sempre tivera medo de bonecas, me senti oprimida. Eram bonecas de vários tipos, todas muito antigas, com seus rostos de biscuit, cabelos opacos e seus olhos de cristal – fixos, mortos.

De repente, senti-me como se alguém me observasse pelas costas. Virei-me, de vagar.  E o terror me gelou os ossos. Vi, com toda nitidez, um daqueles olhos de cristal piscar para mim.
Heloisa seixas. Contos mais que mínimos. Rio de Janeiro: Tinta Negra Bazar Editorial, 2010. p. 67.

MODELO
                                                        A loja das bonecas
Personagens
JOANA DARC: Cliente
GISELLE: Vendedora: 
RAIMUNDO: dono da loja: :

Giselle para na porta da loja e se põe a observar as bonecas. Imediatamente a mulher fica pálida e sua frio. O dono da loja está atrás de uma vitrine, mas não está à vista da cliente.

RAIMUNDO: Estas bonecas que adquiri, só faltam falar. São realmente perfeitas. (Olhando para uma boneca que está dentro da vitrine)
GISELLE: Eu sou uma boneca! Sou a mais linda daqui. (longe da visão da cliente, sentada em uma cadeia no escritório e contando moedas).
RAIMUNDO: Se as outras bonecas falassem, não concordariam com você.
JOANA DARC: Boa tarde! (Olhando fixo para a boneca que está na vitrine próxima ao proprietário.
RAIMUNDO: Boa tarde, senhora! Deseja alguma coisa que eu possa ajudar.
JOANA DARC: preciso comprar uma boneca para minha filha. Ela faz aniversário e quer, de presente, uma boneca que fala. Sabe, né, coisa de criança. Acho exagero, mas criança é criança.
GISELLE: Leva eu!
JOANA DARC: A...quela... Fa.. Fa...la! ( olhando fixamente para boneca que se mexe na vitrine e faz movimentos com os lábios).
RAIMUNDO: Sim. Ela é linda e está com um preço ótimo. Quer dá uma olhada?
JOANA DARC: Be...be..bem, não..não sou muito fã de boneca. Quan..quando criança, min...minha mãe gostava de assistir a filme de te... Te..te..terror como O boneco Assassino e eu qua...qua... quase não dormia.

Joana tira os olhos da boneca e fica a olhar por toda parte loja em que há balcões, prateleiras, dezenas de bonecas e seus pequenos corpos inertes amontoados.
RAIMUNDO: Filme de terror não é real. Eu não sei o porquê de criar filme com bonecos para assustar crianças, sendo esses brinquedos deveriam ser apenas brinquedos.
JOANA DARC: Pois é, senhor! (Olhando para outro lado em que há bonecas de vários tipos, todas muito antigas, com seus rostos de biscuit, cabelos opacos e seus olhos de cristal – fixos, mortos.

Moedas caem pelo chão do escritório. Raimundo se desloca para ver o que aconteceu com a Giselle. Ela sai do escritório e caminha em direção ao balcão. Joana Darc Vira devagar e vê a moça que realmente se parece com boneca com olhos de cristal verdes a piscar para ela.

JOANA DARC: Me...me..me..meu Deus! Me..me...meu Deus! Esta lo..lo..lo..ja é assom..som...som..sombranda! (Um terror gelou os seus ossos. Ela sai correndo da loja e clama por socorro.)
GISELLE: O que aconteceu, seu Raimundo? (olhando assustada para a cliente correndo pela rua).
RAIMUNDO: Acho que a boneca mais linda dessa loja assustou a cliente. Imagina as bonecas feias! (risos).

Por Geraldo Genetto Pereira
Professor, escritor, blogueiro, youtuber.
Formação: Licenciatura e Mestre em Letras pela UFMG.

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