Narrado
em primeira pessoa: normalmente os verbos e os pronomes vêm
em primeira pessoa do singular ou plural, porque quem nos conta a história, é a
mesma pessoa que participa dela. Portanto, o narrador em primeira pessoa é uma
personagem principal, uma vez que a história gira em torno dela. Temos então o
narrador protagonista, porem é possível que o narrador seja uma personagem
secundária de sua própria narrativa. Isso ocorre quando ela conta uma historia
que apenas presenciou( testemunhou), por isso a narrativa é centrada em outra
personagem.
Exemplo:
“Considero que oito horas de sono são idéias para uma
pessoa; quase oito horas deve ser ideal. É lógico. Então, se eu conseguir
dormir até meia noite e acordar às sete e vinte, está ótimo. Vou acordar feliz,
bem disposto, capaz e praticamente recuperado”.
Narrado
em terceira pessoa: o narrador é onisciente. Ele nos
apresenta uma visão distanciada da narrativa, trazendo-nos uma série de
informações das quais o narrador em primeira pessoa não pode nos fornecer.
Onisciente:
é
aquele narrador que tem o saber absoluto. Ele é como um deus, pois sabe até o
que pensa ou pensará o personagem, mesmo que isso ultrapasse a narrativa. A
onisciência do narrador faz com que ele saiba de tudo, por isso é comum que ele
tenha conhecimento sobre o estado de espírito das personagens, seus sentimentos
e pensamentos.
Exemplo:
“Luiza espreguiçou-se. Que seca ter de se vestir! Desejaria
estar numa banheira de mármore cor-de-rosa, em água tépida, perfumada e
adormecer ou numa de seda, com janelas cerradas; embalar-se, ouvindo música!
Sacudiu a chinelinha”.
Eça de Queiroz. Primo Basílio.
Um segundo tipo de narrador em terceira pessoa é o
chamado narrador observador, que não
oferece informações sobre o íntimo das personagens; limita-se a acompanhar os
acontecimentos como expectador distante da cena.
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