terça-feira, 24 de setembro de 2024

A MÃE FEMINISTA

Um garoto tinha uma mãe que era considerada feminista. Ela lutava pelos direitos das mulheres de uma comunidade. Seus objetivos eram ajudar a essas mulheres a conseguirem um lugar para que seus filhos ficassem alojados durante o dia, ou seja, uma creche. Assim elas poderiam trabalhar e ganhar dinheiro para que aumentasse a renda familiar. Ela sempre reclamava junto às autoridades governamentais a falta de uma creche em sua comunidade e, também lutava para que a diferença salarial entre as mulheres os dos homens fosse eliminada, pois sabia que mulheres que ocupavam a mesma função que a dos homens, porém recebiam salários inferiores. Ela também se considerava injustiçada ao fazer as mesmas coisas que os homens e não receber o mesmo honorário. Relatava às autoridades trabalhistas, que as mulheres eram obrigadas a cumprirem duas jornadas: trabalhavam em casa e fora dela para ajudar os maridos a pagarem as contas. Como se não bastassem, elas precisavam ir ao salão de beleza, continuamente, para ficarem bonitas e agradarem aos maridos. Era muita luta para uma só pessoa.

O garoto, conhecedor da batalha da mãe, sempre teve pena dela. Para recompensá-la pela luta, resolveu homenageá-la no dias das mães. Ele comprou um presente que, na sua imaginação, representava o esforço de sua mãe: uma luva de Boxe, pois era necessário à sua mãe derrubar, a cada dia, um gigante na lona do ringue da vida. Junto ao presente, escreveu uma mensagem: “Isso é por sua luta, mães. Agora eu quero começar a minha, tendo vocês como exemplo”.

A partir daquele dia o garoto jurou que ia lutar contra as discriminações dos meninos. Ele falava aos colegas o seguinte:

— Vocês já repararam o preconceito que existe contra os meninos? 
— Nãooo! Responderam umas meninas.
— Então pronunciem as frases que aparecem nas bocas dos adultos e que têm a palavra menino. Eles sempre dizem ‘vocês são meninos para estar aqui’; ‘vocês são meninos e não podem fazer isso, não podem fazer aquilo, não podem ver isso, não podem entrar aqui, não podem beber aquilo... ’.

Todos os meninos concordaram com assunto do discurso. Então, aquele garoto se tornou um líder meninista, igualzinho a sua mãe feminista.

Igor Gomes, 7ª série

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