História para uma vida

 Um garoto nasceu após oito meses de gestação. Sua família morava em uma cidade do interior de Minas gerais. Era um menino muito frágil e teve que lutar para viver. Seu nome é Cristofen Walken, mas se tornou conhecido da comunidade em que vive pelo cognome de Cris. Sua família não era rica, mas também não era pobre. O pai de Cris morreu em um acidente de carro. Na época do acidente, Cris tinha apenas cinco anos. 


Após a morte do marido, a mãe do garoto, dona Isabel, resolveu mudar de cidade. O objetivo dela era tentar afastar do local em perdera um parte de sua vida, o marido. Dona Isabel vendeu o gado e a pequena fazenda e partira para a capital mineira. Levou consigo o sonho de estudar o filho e fazê-lo crescer na vida na cidade grande. O recurso financeiro que levara consigo não fora suficiente para implementar o sonho. Ao chegarem a Belo Horizonte, tiveram que morar em uma favela. A vida de dona Isabel piorara ao descobrir que havia uma doença em seu coração. Um médico da Santa Casa diagnosticou que era a doença de Chagas. Assim, não ela poderia mais trabalhar devido à doença.

Cris, já com onze anos, decidiu ajudar a mãe. Todos os dias ele saia bem cedo de casa para vender chup-chup na rua. Nesse ínterim conheceu um moço pelo cognome de Vaguinho, esse era o gerente da
boca de fumo da favela. O moço propôs ao Cris um emprego. O garoto ficou receoso, mas aceitou a proposta de trabalho. Porém havia uma condição imposta pelo garoto ao traficante: que o Vaguinho permitisse o concedesse o direito a estudar pela manhã. O gerente aceitou a condição de trabalho do menino.

No dia seguinte à negociação, o Cris começou a distribuir as drogas na favela para o traficante. O garoto levava-as de um lugar a outro em uma sacolinha.

Certo dia, um policial parou o menino e lhe perguntou:
— O que você leva nessa sacola moleque?
Tremendo, devido ao medo da polícia, Cris respondeu-lhe:
— Remédios para minha mãe.
O policial não acreditou no garoto e lhe disse:
— Quero ver o que tem aí dentro.
O policial abriu a sacola, viu a droga e levou o Cris para a delegacia. Como não havia telefone na casa do garoto, os policiais não quiseram entrar na favela para informar a dona Isabel da prisão do menino, pois sabia que o local era muito perigoso. Então o garoto foi entregue ao juizado de menores, sem nenhum comunicado à família.

Devido ao desaparecimento do menino, dona Isabel ficou desesperada. Passou-se um ano e não houve nenhuma notícia do garoto à mãe. Ela pensava que os traficantes haviam matado o Cristofen.

Passaram-se seis anos e o garoto foi liberado do reformatório. Ao chegar à favela descobriu que sua mãe havia morrido. Ficou muito triste com a notícia. Quando saiu do reformatório, o garoto havia concluído o segundo grau, por isso estava habilitado a encarar uma faculdade, por conhecia a sua capacidade intelectual. Ele passou no vestibular, conseguiu uma bolsa de estudos e foi contratado por uma pequena empresa para trabalhar meio horário. A empresa começou a crescer e o rapaz crescia junto a ela.

Anos depois, o rapaz se formou. No primeiro momento comprou uma casa e abandonou, de uma vez por toda, a casa que herdara da mãe na favela. Após mais alguns anos, ele fez pós-graduação em administração de empresa. Neste período de estudo, Cris passou dois anos na Europa fazendo um intercambio financiado pela empresa. Na faculdade européia em que estudou, Cris conheceu uma colega de sala por nome de Júlia. Ao voltarem ao Brasil, casaram-se e tiveram duas filhas.

Passaram-se mais uns anos; então, Cristofen e Júlia montaram uma empresa do ramo de eletrônicos. A empresa cresceu e fora expandida para fora do Brasil. Eles criaram uma filial em Lisboa, Portugal. Devido
ao sucesso da empresa na Europa, o casou foi obrigado a se mudar para Portugal com os filhos. De lá, administrava a matriz no Brasil. Essa era o retrato que fazia o Cristofen rememorar a infância e a juventude e
acreditar que tudo é possível ao ser humano. Ele sabia que se tornara parte de uma minoria que consegue sucesso financeiro na vida, após romper a barreira da pobreza e, assim se orgulhosa da sua ousadia.

Thales Batista Rodrigues – 8ª série.

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