Foi uma tarde de verão, Em um lugar distante, Quando uma lagartinha Negrinha, ela nasceu; E não era novidade para o mundo Tal nascimento, pois, simplesmente, Pois, não foi a primeira vez Que uma negra lagarta nasceu. A família festejava a nova vida E as plantas se preocupavam, Pois uma lagartinha nasceu. Passaram-se os dias, Passaram-se as horas, Veio a competição por alimentos, Então a lagartinha, triste, chora. Não conseguia entender o mundo; Não entendia os seus irmãos; Por que brigavam por alimento, Uma vez que era possível Dividir o pão? Chorou... chorou... chorou... Queria entender A falta de amor. Se há mais valia na vida Por que os irmãos brigavam Por um simples prato de comida? Certo dia, ela ouviu dizer Que os irmãos lutavam Somente para sobreviver; Que aquele rico país pouco tinha a oferecer; A uma negra lagartinha Que acabara de nascer. A lagartinha ficou a pensar: Há aurífera riqueza Mas o negro nada pode herdar? Pensou em família do Norte, Que vive em árida região Onde s